Teatro em Movimento, por meio do Instituto Cultural Vale, Instituto UnimedBH e Itaú, abre programação 2023 com o espetáculo “Três Mulheres Altas”, dias 25 e 26 de março, no Sesiminas
Com as atrizes Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill e direção de Fernando Philbert, clássico de Edward Albee – que rendeu o Prêmio Pulitzer ao autor –, traz comédia mordaz que reflete sobre a passagem do tempo através do acerto de contas entre três gerações
O festival Teatro em Movimento, que tem curadoria e coordenação geral de Tatyana Rubim, abre a programação de 2023 apresentando a comédia “Três Mulheres Altas”, escrita por Edward Albee (1928-2016) no início da década de 90. O texto logo se tornou um clássico da dramaturgia contemporânea. Perversamente engraçada – como é a marca do autor –, a peça recebeu o Prêmio Pulitzer e ganhou bem-sucedidas montagens pelo mundo, ao trazer o embate de três mulheres em diferentes fases da vida: juventude, maturidade e velhice. O espetáculo é estrelado por Suely Franco, Deborah Evelyn – indicada ao prêmio Cesgranrio de melhor atriz pela peça – e Nathalia Dill, tem direção de Fernando Philbert, tradução de Gustavo Pinheiro e realização nacional da WB Produções, de Bruna Dornellas e Wesley Telles. A peça que fez temporadas lotadas no Rio de Janeiro e São Paulo e foi vista por mais de 25 mil pessoas, chega a Belo Horizonte para duas apresentações no Teatro Sesiminas, dias 25 e 26 de março, sábado, às 20h e domingo, às 19h, com ingressos a partir de 25 reais a meia entrada – compra pelo link https://bit.ly/3XYMgGT .
Em cena, as atrizes interpretam três mulheres, batizadas pelo autor apenas pelas letras A, B e C. A mais velha (Suely Franco), que já passou dos 90, está doente e embaralha memórias e acontecimentos, enquanto repassa a sua vida para a personagem B (Deborah Evelyn), apresentada como uma espécie de cuidadora ou dama de companhia. A mais jovem, C (Nathalia Dill), é uma advogada responsável por administrar os bens e recursos da idosa, que não consegue mais lidar com as questões financeiras e burocráticas.
Entre os muitos embates travados pelas três, a grande protagonista do espetáculo é a passagem do tempo e também a forma com que lidamos com o envelhecimento. “O texto do Albee nos faz refletir sobre ‘qual é a melhor fase da vida?’, além de questões sobre o olhar da juventude para a velhice, sobre a pessoa de 50 anos que também já acha que sabe tudo e, fundamentalmente, sobre o que nós fazemos com o tempo que nos resta. Apesar dos temas profundos, a peça é uma comédia em que rimos de nós mesmos”, analisa o diretor Fernando Philbert.
A última e até então única encenação do texto no Brasil foi logo após a estreia em Nova York, em 1994. Philbert e as atrizes da atual montagem acreditam que a nova versão traz uma visão atualizada com todas as mudanças comportamentais e políticas que aconteceram no mundo de lá para cá, especialmente nas questões femininas, presentes durante os dois atos da peça. Sexo, casamento, desejo, pressões e machismo são temas que aparecem nos diálogos e comprovam a extrema atualidade do texto de Albee, o que rendeu a indicação no prêmio Cesgranrio de melhor atriz para Deborah Evelyn.
A trajetória de um clássico instantâneo
Escrita em 1991 e lançada em 1994, ‘Três Mulheres Altas’ representou uma virada na trajetória de Edward Albee, que recebeu as suas melhores críticas e viu renascer o interesse por sua obra. Aos 60 anos, ele ganhou o terceiro Prêmio Pulitzer, além de dois Tony Awards e uma série de outros troféus em premiações mundo afora.
A peça tem características autobiográficas e foi escrita pouquíssimo tempo depois da morte da mãe adotiva do autor, que teria inspirado a personagem mais velha. Após abandoná-la aos 18 anos, Albee voltou a ter contato com a mãe em seus últimos dias, quando já estava doente de Alzheimer. No entanto, alguns especialistas em sua obra defendem que a peça não pode ser reduzida a este fato.
‘Três Mulheres Altas’ vai além de ser um retrato de sua mãe. O texto traz o olhar mordaz e perverso – porque não dizer cômico – de Albee para a classe média alta americana e toda a sua hipocrisia, ao falar sobre status, sucesso, sexo e abordar a visão preconceituosa da sociedade e as relações que as três mulheres travam com o mundo, sempre atravessadas pelo filtro machista.
‘Três Mulheres Altas’ estreou na Broadway em 1994, no Vineyard Theatre, e no mesmo ano chegou ao West End, em Londres, no Wyndham’s Theatre, além de iniciar uma turnê pelos Estados Unidos com a montagem americana e render versões na Espanha (‘Tres mujeres altas’) e Portugal. Em 2018, o texto foi remontado na Broadway, com direção de Joe Mantello (‘Wicked’, ‘Take me out’, ‘Assassins’) e estrelado por Glenda Jackson, Laurie Metcalf e Alison Pill.
No Brasil, a peça foi dirigida por José Possi Neto, em 1995, e recebeu os prêmios APCA e Mambembe de Melhor Espetáculo.
Sobre Edward Albee
Edward Albee morreu em 2016 aos 88 anos e deixou um imenso legado para o teatro americano com suas 25 peças encenadas e publicadas. Autor de clássicos como ‘Quem Tem Medo de Virginia Woolf?’, ‘Zoo Story’, ‘Equilíbrio Delicado’ e ‘Três Mulheres Altas’, ele recebeu três vezes o Prêmio Pulitzer. Seus textos são marcados por um olhar sarcástico e por uma crítica intensa às convenções e hipocrisias da sociedade tradicional.
Nascido em 1928, ele foi adotado por Reed e Frances Albee, um casal de milionários dono de uma cadeia de teatros na época. Ele cresceu em um bairro de classe média alta, cercado dos tipos que iria retratar em seus espetáculos anos mais tarde. Em torno dos 20 anos, sai da casa dos pais definitivamente para viver em Nova York e inicia a sua produção literária.
Em 1957, ao escrever ‘The Zoo Story’, peça de um ato que ecoava o teatro de Samuel Beckett, Jean Genet e Harold Pinter, Albee encontra a consagração inicial de sua exitosa carreira teatral. Em 1962, estreia ‘Quem Tem Medo de Virginia Woolf’, que o levaria ao auge da fama.
Nos anos 90, ‘Três Mulheres Altas’ marca seu retorno ao centro das atenções do cenário teatral nesta que é talvez a mais pessoal e autobiográfica de suas peças.
Teatro em Movimento apresenta Três Mulheres Altas
Gênero: Comédia Dramática / Classificação Indicativa: 12 anos / Duração: 100 minutos
Dias/horários: 25 e 26 de março – sábado, às 20h e domingo, às 15h e 19h
Local: Teatro Sesiminas – Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Ingressos: R$70 (inteira) e R$50 (meia) plateia 1 e plateia 2 / R$50 (inteira) e R$25 (meia)
Venda pelo link: https://bit.ly/3XYMgGT ou bilheteria do teatro
Meia entrada válida conforme a lei.
Informações: (31) 3241-7181
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Informações para a imprensa Teatro em Movimento
@luz.comunica – Luz Comunicação
Jozane Faleiro – 31 992046367 – [email protected]
Teatro Em Movimento
O projeto Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim, completa 22 anos, em 2023, com o objetivo de descentralizar o acesso às grandes montagens do eixo Rio-São Paulo, promovendo a circulação dos mesmos para Belo Horizonte que tornou-se, ao longo do tempo, praça relevante para a apresentação de importantes repertórios. Além disso, o projeto também atua em outros Estados e outras cidades. Desde então, contabiliza 269 repertórios, que somam mais de 779 apresentações, envolvendo cerca de 860 artistas, em 15 cidades, 30 teatros e público superior a 400.888 pessoas. Desde 2020, fundou o TeatroEmMov Digital, que realizou o primeiro curso de teatro digital do Brasil, sendo uma plataforma web que pesquisa, produz e une narrativas do teatro, da dança, do audiovisual e dos games; ambos idealizados por sua diretora, Tatyana Rubim.
Sobre o Instituto Unimed-BH
Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$155 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 6,5 mil postos de trabalho foram gerados e 4,8 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.
De Edward Albee/ Direção: Fernando Philbert / Com Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill/ Tradução: Gustavo Pinheiro/ Direção de produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles/ Participação especial: João Sena/ Desenho De Luz: Vilmar Olos/ Cenografia: Natália Lana/ Trilha Sonora: Maíra Freitas / Figurino e Visagismo: Tiago Ribeiro/ Assistência de Direção: Felipe Lima e João Sena/ Produtor Executivo: Felipe Lima / Fotos: Pino Gomes / Criação da Arte: Nós Comunicação/ Vídeos: Chamon Audiovisual / Assistente de interpretação: Gutenberg Rocha / Cenógrafa assistente: Marieta Spada /Assistente de cenografia: Malu Guimarães / Cenotécnico: André Salles e equipe / Costura de cenário: Nice Tramontin / Produção de arte: Natália Lana / Efeitos especiais: Mona Magalhães / Carlos Alberto Nunes/ Costura: Ateliê das Meninas/ Beleza: Cinthia Rocha / Peruqueira: Emi Sato/ Assistentes de beleza: Deborah Zisman e Blackjess/ Designer Gráfico: Natália Farias/ Marketing Digital: Válvula Marketing / Mídias sociais: Ismara Cardoso/ Assistente de Produção: Bruna Suellen/ Coordenação Administrativa: Letícia Napole./ Gestão de Projetos: Deivid Andrade/ Assessoria Jurídica: Maia, Benincá & Miranda Advocacia/ Assessoria Contábil: Leucimar Martins/ Assessoria de Mídia: R+Marketing/ Assessoria de Comunicação: Pombo Correio / Realização: WB Produções/ Produção Local: Rubim Produções / Realização Local: Teatro Em Movimento / Assessoria de Imprensa: Luz Comunicação – Jozane Faleiro
O Teatro em Movimento é apresentado pelo Instituto UnimedBH, por meio do incentivo de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores, e pelo Instituto Cultural Vale, tem o patrocínio do Itaú e da Cemig e conta com o apoio da CBMM, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério do Turismo.